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A EXTINÇÃO DA HILÉIA AMAZÔNICA



Atualmente, uma das principais causas do desmatamento na Amazônia, é a queima frenética das árvores, para a "inauguração de pastagens" para o gado bovino. Este processo é responsável pela formação de uma área de savana que compreende a região do Mato-Grosso e sul do Pará. A área total desmatada para a pecuária aumentou de 415.000 para 587.000 Km²; uma área seis vezes maior que Portugal, 64% maior que a Alemanha, e 55% maior que o Japão.


Desde 1970, 91% da Floresta Amazônica, foi desmatada para o uso das pastagens, alavancando o Brasil para o 2º maior exportador de carne do mundo, e consequentemente, classificando o país entre os 10 maiores emissores de gases estufas, sendo 75% da emissão total de CO², produzidos pelas queimadas de nossas matas (isso sem contar todo o gás metano exalado pelos nossos bovinos deliciosos).




Outra "justificativa" para a destruição de nossa Floresta Amazônica é a expansão agrícola. As queimadas cometidas por agricultores inescrupulosos, têm o objetivo de cultivo da soja na região. Não é á toa que o Brasil é o 2º mior produtor de soja no mundo (atrás apenas dos EUA), mas á que preço, já que a maior parte dos grãos, são transofrmados em ração para alimentar o próprio gado de corte, enquanto 1 bilhão de pessoas no mundo passam fome? O solos da Amazônia são produtivos por apenas um curto período de tempo, o que faz com que tais agricultores estejam constantemente desmatando mais a floresta para plantar uma safra que nem chega ao prato do povo brasileiro.


Além do mais, pela Legislação Brasileira, " abrir áreas para o cultivo é considerado uso efetivo da terra", sendo o primeiro requisito para obter sua propriedade. O Brasil tornou-se um líder mundial na produção de grãos, incluidno a soja, que totalizam mais de 1/3 do PIB brasileiro. Isso sugere que as altas e baixas nos preços dos grãos, carne e madeira podem ter um impacto significativo no destino do uso da terra na Amazônia. Cientistas, usando dados de satélites da NASA, constataram que a ocupação por áreas de agricultura mecanizada tornou-se, recentemente, uma força significativa no desmatamento da Amazônia brasileira.


Por fim, podemos citar como forma de desmatamento amazônico, o extrativismo vegetal insaciável e descontrolado das madereiras ilegais. A cada ano, cerca de 30 milhões de metros cúbicos de toras, são extraídos da floresta. A exploração de madeira na região têm ocorrido há mais de 300 anos, porém nos últimos 30 anos, sua extração se intesificou, crescimente este, justificado pela abertura de estradas que permitem a redução de custos com transportes. As madeireiras e serrarias ilegais são as grandes vilãs, ao derrubarem seres vivos importantes para o equilíbrio do planeta, manipulando agentes fiscais para ocultar seus crimes ambientais, pois se esquecem que 70% dos animais na Amazônia, vivem nas copas das árvores.


O desmatamento da Amazônia prossegue, todavia, segundo dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas e Estatísticas), relata que a taxa de desmatamento continua em queda. De agosto de 2009 a julho de 2010, foram desmatados 6.4551 Km² (o mesmo total desde a primeira medição feita em 1988, pelo Projeto de Monitoramento do Deflorestamento na Amazônia Legal - Pordes). Trata-se de uma queda de 13,6% em relação á medida anterior, que significou uma redução de 47% em relação ao período 2008/2009.


Uma das razões apontadas pelo Ministério Público acerca da queda do desmatamento amazônica, foi o aumento da fiscalização e a tomada de medidas legais. Uma das mais recentes, apontada como importante, foi a medida legal que restrigiu o crédito aos pecuaristas que invadiam áreas preservadas da florestas e que, portanto, infrigiram normas ambientais. Pesaram também medidas legais como o embargo de propriedade onde haviam moratória da soja e da carne, acordos entre entidades e indústria de não adquirir carne bovina ou soja procedentes de áreas irregulares. O desmatamento tem diminuido significamente na Amazônia, entretanto, segundo relatório da Assessment Of The Risk Of Amazon Dieback  feito pelo Banco Mundial, cerca de 75% da floresta pode ser perdido até 2025. Em 2075, podem restar apenas 5% de florestas no leste amazônico, decorrente de queimadas, desmatamentos e mudanças climáticas.


A Amazônia é o nosso maior patrimônio natural, tanto em recursos florestais, quanto em recursos hídricos. Ela é tão importante para nós brasileiros, quanto para o planeta, na redução de CO² atmosférico. Não podemos permitir que nossa "Hiléia Amazônica" se transforme em carne, pois "boi não brota em árvore", e qual planeta agora, o homem vai devastar para continuar sua insaciável e saudável dieta bovina?

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